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Polícia de SP busca três suspeitos por envolvimento na morte de ex-delegado no litoral

Luiz Antonio Rodrigues de Miranda, Felipe Avelino da Silva e Flávio Henrique Ferreira de Souza são procurados. Dahesly Oliveira Pires está presa Reprodução...

Polícia de SP busca três suspeitos por envolvimento na morte de ex-delegado no litoral
Polícia de SP busca três suspeitos por envolvimento na morte de ex-delegado no litoral (Foto: Reprodução)

Luiz Antonio Rodrigues de Miranda, Felipe Avelino da Silva e Flávio Henrique Ferreira de Souza são procurados. Dahesly Oliveira Pires está presa Reprodução/Divulgação A Justiça decretou nesta quinta-feira (18) a prisão temporária do quarto suspeito de participar da execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de SP Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande, no litoral paulista. Uma mulher foi presa nesta madrugada. Outros três homens são procurados pela polícia, que realiza buscas para tentar localizá-los e prendê-los (veja foto acima). Luiz Antonio Rodrigues de Miranda também passou a ser procurado pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo por suspeita de ter ordenado que Dahesly Oliveira Pires fosse à Baixada Santista buscar uma das armas usadas no assassinato. Dahesly foi presa pela polícia nesta quinta-feira (18) por suspeita de ser a mulher que foi pegar o fuzil na Baixada Santista. O armamento ainda não foi localizado. Ruy, um dos pioneiros na investigação do PCC, foi morto com tiros de fuzis por ao menos seis criminosos encapuzados, na segunda-feira (15). Câmeras de segurança gravaram o crime. Além de Miranda, a polícia também procura outros dois suspeitos identificados por envolvimento no crime. São eles: Felipe Avelino da Silva, conhecido como Masquerano, e Flávio Henrique Ferreira de Souza. Para a Justiça há indícios de autoria e materialidade do crime contra os quatro suspeitos, além de risco à investigação caso os investigados permaneçam soltos. A equipe de reportagem tenta localizar as defesas de Miranda, Silva e Souza para comentarem o assunto. A defesa de Dahesly informou que não iria se pronunciar neste momento. Fotos dos procurados e da presa Conheça as linhas de investigação do assassinato do ex-delegado geral Ruy Ferraz Fontes O secretário da Segurança Pública de São Paulo (SSP), Guilherme Derrite, divulgou nesta quinta-feira (18) os nomes e as fotos dos suspeitos de participar do assassinato de Ruy. Em entrevista à imprensa sobre o caso ao lado de outras autoridades policiais, ele disse não ter dúvidas de que há envolvimento do Primeiro Comando da Capital na execução de Ruy. Isso é um fato. A motivação é que ainda está em aberto. De acordo com o secretário "a dúvida - e a gente não descarta as possibilidades - é se a execução foi motivada por combate ao crime organizado durante toda a carreira do delegado ou por conta da atuação atual como secretario [da Administração] na Praia Grande". O ex-delegado tinha 64 anos e foi um dos responsáveis pela prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, uma das principais lideranças do PCC. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 SP no WhatsApp Crime organizado Ex-delegadon Ruy Ferraz Fontes, foi assassinado em Praia Grande (SP) WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO e Reprodução Ele ressaltou que "há participação no crime organizado". "Para nós, não resta dúvida por conta principalmente do Masquerano que é um indivíduo que nós sabemos que pertence à organização criminosa, PCC, por conta do trabalho de inteligência do Dipol [Departamento de Inteligência da Polícia] e centro de inteligência do ABC". Segundo a polícia, Felipe é de São Bernardo e tem antecedentes por roubo e tráfico de drogas. Dahesly tinha passagens por tráfico. E Luiz já foi preso antes por porte ilegal de armas de fogo. De acordo com a investigação, Dahesly disse que não sabia o que transportava, mas que recebeu um pagamento por Pix pelo serviço. Esse pagamento saiu da conta de uma criança de 10 anos, filho de Luiz, segundo o DHPP. Ela acabou reconhecendo por foto o homem como o responsável por contratá-la. A identificação dos suspeitos pelo DHPP se baseou em informações de denúncias anônimas, analises de vídeos do crime e provas periciais. O secretário explicou ainda que eles foram identificados por meio de material genético encontrado em um dos carros abandonados pelos criminosos após a execução, mas que a polícia ainda não se sabe qual a participação deles no assassinato. "Ainda é cedo para apontar qual o papel deles no crime", afirmou Derrite. 'Azul' também é investigado Fernando Gonçalves Dos Santos, conhecido como Azul no PCC Reprodução Segundo o secretário, Fernando Gonçalves dos Santos, o "Azul" ou "Colorido", também é investigado pela polícia por suposto envolvimento na execução de Ruy. Ele é apontado como uma das lideranças do PCC e responsável por coordenar o tráfico na Baixada Santista. Há cerca de um mês ele deixou a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Sua defesa não foi localizada pela reportagem. O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian, ressaltou que talvez "não necessariamente tenha participado" diretamente, mas a polícia "está apurando através das investigações se existe um vínculo". LEIA TAMBÉM Derrite diz não descartar ação de policiais e GCMs Polícia investiga se PCC matou ex-delegado por analisar contratos de prefeituras da Baixada Santista com o crime organizado Polícia não descarta envolvimento de líder do PCC solto recentemente Suspeita presa tem no celular foto de fuzil que pode ter sido usado no crime